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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Residências terão medidores eletrônicos de energia a partir de 2012

28/09/2010 - 12h17 - Por Sofia Fernandes, de Brasília

O governo está preparando as distribuidoras de energia elétrica para instalarem medidores inteligentes nas residências em todo o país. Com o aparelho, é possível controlar com mais eficiência os gastos de energia e fazer operações remotas, como desligamentos e verificações.

A previsão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é que a resolução, em consulta pública até dezembro, seja aprovada e publicada até o primeiro trimestre de 2011. A partir de então, as empresas terão 18 meses para adotar o novo padrão de medidor, por meio da troca dos equipamentos quebrados e instalação em novas ligações.

Em um segundo momento, as distribuidoras serão obrigadas a trocar todos os 63 milhões de medidores do país, hoje analógicos na maioria dos casos, mas ainda não há data para isso. Atualmente, 7,4% dos medidores do país são eletrônicos.

A troca dos medidores vai deixar o sistema elétrico brasileiro pronto para mudanças, como a adoção de quatro tarifas diferenciadas ao longo do dia. A energia teria um preço mais elevado em horário de pico, que hoje compreende a faixa das 19h às 22h, e custaria menos em horários de menor demanda.

A intenção é reduzir perdas de energia, tornar mais eficientes as cobranças, dar mais opções ao consumidor, que poderá diagnosticar em que horas gasta mais e desligar temporariamente o fornecimento de energia, por exemplo.

CUSTOS
O prazo de 18 meses previsto pela Aneel será para adaptação das distribuidoras e das empresas fabricantes. Há nove delas no Brasil, segundo Hugo Lamin, especialista em regulação da agência, e nenhuma fabrica um modelo com as exigências da Aneel.

Os custos com novos aparelhos serão bancados pelas distribuidoras e repassados para as tarifas. A Aneel justifica que os ganhos com o sistema modernizado também serão repassados para os consumidores.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Empresa italiana vai construir 3 parques eólicos na Bahia

Equipamentos gerarão mais de 390 mil MWh, evitando a emissão de 270 mil toneladas de CO2

03 de setembro de 2010 - 12h 27

ROMA - O Enel Green Power, grupo da empresa de energia elétrica italiana Enel, venceu o leilão para a construção de três parques eólicos para gerar um total de 90 Megawatts na Bahia, informou hoje em nota a companhia.

Com uma capacidade instalada de 30 MW cada um, Cristal, Primavera e São Judas, como se chamarão estes três parques, serão capazes de gerar mais de 390 mil MWh anuais, o que é igual ao consumo de aproximadamente 245 mil lares brasileiros e evitar a emissão de cerca de 270 mil toneladas de CO2 na atmosfera, acrescenta o ENEL.

Os parques eólicos serão construídos na Bahia e, devido a sua situação semiárida, aproveitará os incentivos dirigidos ao desenvolvimento da infraestrutura, acrescentou a empresa.

Segundo a elétrica, os três parques eólicos começarão a operar na segunda metade do ano de 2013.

O Enel também adquiriu o direito a assinar um contrato de 20 anos para vender a eletricidade gerada das três fábricas através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica a um preço indexado a 100% da inflação brasileira.

"Este resultado é muito importante para nós, dadas as excelentes qualidades de nossos projetos em termos de produtividade, competitividade de custo e retorno sobre investimento," disse Francesco Starace, Presidente do Enel Green Power.

"Além disso, estamos reforçando nossa presença no Brasil, (...) expandindo também nossa atividade na geração de energia. O Brasil é um grande mercado com recursos renováveis abundantes, e com uma demanda de energia que reflete uma economia em contínuo desenvolvimento", acrescenta Starace.

Desmatamento e queimadas causam 75% das emissões de gás carbônico, diz IBGE

01/09/2010 - 13h50 - FELIPE LUCHETE - DE SÃO PAULO


Desmatamento e queimadas causam 75% das emissões de gás carbônico, diz IBGE

Estudo divulgado nesta quarta-feira (1) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que o desmatamento e as queimadas respondem por mais de 75% das emissões de gás carbônico, sendo responsáveis por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa.

Em outros países, a elevação de CO2 é geralmente atribuída a combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), segundo o IBGE.

No Brasil, contudo, o principal agente é a destruição da vegetação natural, principalmente na Amazônia e no cerrado.

As queimadas, mesmo irregulares, são comuns no país para renovação de pastagens e preparo de novas áreas para agropecuária.

A pesquisa indica tendência de queda no número de queimadas de 2005. Mas, como se baseia em dados até 2009, não leva em conta a onda de queimadas que atinge o país neste ano.

Nas terras indígenas e unidades de conservação, o fogo geralmente se origina fora de seus limites, em propriedades rurais.

O IBGE diz que, em uma pesquisa com municípios que sofrem com poluição de ar, as queimadas foram a causa mais frequente apontada (63,5%), acima de indústrias e carros.

DESMATAMENTO

Embora aponte tendência de queda no desmatamento em todos os Estados que abrangem a Amazônia Legal, o IBGE estima que a área total desmatada em 2009 se aproxima dos 20% da área original da Amazônia.

Entre 2002 e 2008, os Estados que tiveram maior área desmatada do Cerrado em números absolutos foram Mato Grosso (17.598 km2), Maranhão (14.825 km2) e Tocantins (12.980 km2).

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SP terá 1º incinerador de lixo doméstico

Pioneira no País, usina vai produzir energia e recuperar área ameaçada por risco de explosão e deslizamento em São Bernardo do Campo

05 de agosto de 2010 - 0h 00 - Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo


A cidade de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, terá a primeira usina de incineração de lixo doméstico do Brasil. A estrutura vai ocupar a área do antigo Lixão do Alvarenga, na beira da Represa Billings, e vai gerar 30 megawatts por hora de energia elétrica. Ao lado, será criado um parque e haverá remoção de parte da população que hoje mora em cima do antigo lixão, uma área de risco de explosão e deslizamentos.

A usina terá capacidade para receber 1 mil toneladas de resíduos domésticos por dia. A energia gerada - 30 megawatts/hora - será suficiente para abastecer diariamente uma cidade de 300 mil habitantes. A obra inclui um setor de separação dos resíduos orgânicos e para reciclagem e está orçada em R$ 220 milhões.

Hoje na cidade de São Paulo há duas usinas de geração de energia por meio do lixo, nos aterros Bandeirantes (zona norte) e São João (zona leste). No entanto, esses funcionam com aproveitamento de gás metano gerado pelos resíduos. A novidade é o incinerador de lixo doméstico. Existem apenas usinas para incinerar lixo hospitalar e industrial no País.

"O sistema, além de fazer a queima da parte do lixo que não pode ser aproveitada, tem também o reaproveitamento de todo resíduo possível, até da fração orgânica", explica o professor Elcires Pimenta Freire, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e coordenador do plano de resíduos sólidos da cidade. O modelo escolhido mescla tecnologias da Alemanha, Holanda e Espanha.

O secretário de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buso, diz que o edital deve ser lançado em breve. A expectativa do prefeito Luiz Marinho (PT) é que o início da operação seja em 2012. A cidade gasta R$ 14 milhões por ano para descartar 650 toneladas de lixo por dia num aterro sanitário no município de Mauá. Para Buso, os gastos não serão superiores aos de hoje.

Remediação. A área do bairro Alvarenga no limite com Diadema abrigou um lixão de 1971 a 2001. No dia 13 de abril, o Estado lembrou que o bairro tem condições similares às do Morro do Bumba, em Niterói, que deslizou por causa da chuva e do acúmulo do lixo. Em Niterói, 51 pessoas morreram. Em São Bernardo do Campo, centenas de famílias temem o mesmo destino.

A área de 700 mil metros quadrados nunca teve um sistema de condução dos efeitos colaterais do acúmulo de lixo sob a superfície: gases e chorume. O metano também fica preso no solo, aumentando a cada dia o risco de explosões. Já o líquido que resulta da decomposição dos resíduos vai direto para a Represa Billings, a 200 metros do local.

O projeto de construção da usina e do parque atende a medida judicial que condenou as prefeituras de São Bernardo e Diadema e os donos do terreno a remediar o problema ambiental. Parte das 200 famílias que moram no terreno será removida.

A prefeitura estima que sejam necessários R$ 20 milhões para fazer a canalização de drenagem dos gases e captação do chorume. Os trabalhos devem começar em setembro, com conclusão prevista para o fim de 2011.

O ambientalista Virgílio Alcides Farias, que defende a desativação do Lixão do Alvarenga, acredita que a criação da usina é uma boa notícia. "Está dentro do que se chama de ação sustentável. Mas é preciso manter um monitoramento contínuo e seguir as normas existentes de controle, principalmente na emissão de gases." A prefeitura afirma que o modelo de usina de São Bernardo segue as diretrizes estaduais para o tratamento térmico de resíduos sólidos.

LÁ TEM...

Áustria
A usina de Viena é uma das mais modernas da Europa. Tem capacidade para queimar 720 toneladas/dia.

Alemanha
Há duas unidades em Ingolstadt, que processam 600 toneladas/dia cada.

Inglaterra
Em Marchwood, a usina local incinera 560 toneladas/dia.

França
Uma das maiores da Europa fica em Paris, com capacidade para 1,6 mil toneladas/dia.

Estados Unidos
A maior do país está em Miami e chega a 4,2 mil toneladas/dia.

Energia
5 horas
é o período em que um computador poderia funcionar com a queima de um quilo de lixo

24 minutos
duraria um secador de cabelo ligado, segundo Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Justiça multa empresa em R$ 5 mi por trabalho escravo

Por Vannildo Mendes, Agencia Estado, Atualizado: 18/8/2010 11:00


Justiça multa empresa em R$ 5 mi por trabalho escravo

Por unanimidade, a primeira turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação à empresa Lima Araújo Agropecuária Ltda. no primeiro processo por trabalho análogo ao de escravos julgado na Justiça brasileira. A empresa foi condenada a pagar R$ 5 milhões de multa por ser flagrada em vistoria mantendo 180 trabalhadores em condições de escravidão nas fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió, no sul do Pará. Os trabalhadores, entre eles mulheres e crianças, foram resgatados em 1998.

O relator do processo foi o ministro Vieira de Melo Filho, que citou as irregularidades constatadas pela equipe do Ministério do Trabalho. Os trabalhadores viviam em condições subumanas em alojamentos imundos, sem condições de higiene, sem alimentação adequada, sem salário e eram mantidos praticamente como reféns, sob a vigilância de seguranças armados, que os impediam de sair da propriedade.

Este é o primeiro processo já movido contra uma empresa por causa de trabalho escravo no Brasil. Segundo o TST, a prática, que atinge cerca de 40 mil trabalhadores, é bastante usual no meio rural brasileiro.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sustentável 2010 debate valor da gestão responsável

Sustentabilidade Empresarial. Por: Mônica Nunes/ Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável 05/08/2010

Sustentável 2010 debate valor da gestão responsável

No dia 31 de agosto, o CEBDS promove, em Porto Alegre, o segundo ciclo de palestras sobre sustentabilidade e gestão responsável do Sustentável 2010. Nesta edição, o evento reúne especialistas para discutir a importância da comunicação e da educação no processo de implantação da sustentabilidade dentro das empresas. As inscrições são gratuitas.

Organizado pelo CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, o Sustentável 2010 promove, periodicamente, reuniões com especialistas para debater assuntos relacionados à sustentabilidade empresarial e à gestão responsável. O próximo evento da iniciativa, o 2º Ciclo de Encontros, acontecerá no dia 31 de agosto e abordará o tema “Comunicação e Educação para a Sustentabilidade”.

Com a presença da presidente do CEBDS, Marina Grossi, e da presidente da Câmara de Gestão Sustentável do Conselho, Ana Lúcia Suzuki, o evento pretende discutir a importância da formação de profissionais que tenham contato, desde a graduação, com os conceitos de sustentabilidade, além do papel da mídia nesse cenário de aprendizagem.

Para isso, o encontro contará com dois painéis. O primeiro, com a presença do secretário de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, Ervino Deon, focará na questão do ensino e debaterá, entre outras questões, a inserção do tema sustentabilidade na grade horária e na própria infraestrutura de todas as universidades do Brasil.

Já o segundo painel discutirá o tema “Comunicação e Sustentabilidade”, a partir da apresentação dos resultados de uma pesquisa inédita encomendada pelo próprio CEBDS sobre os conhecimentos da sociedade sobre sustentabilidade. Entre os assuntos previstos no debate estão:

– "A importância de comunicar a sustentabilidade de forma rentável, ambientalmente correta e socialmente justa";

– "A importância do comunicador em auxiliar a empresa a enxergar a sustentabilidade como valor"

– e "Como evitar o greenwashing".

O evento ainda prevê o lançamento do Guia de Comunicação e Sustentabilidade, da CTCOM – Câmara Temática de Comunicação e Educação do CEBDS. Os interessados em participar do encontro podem se inscrever, gratuitamente, no site do Conselho, que fará transmissão ao vivo do evento. As vagas presenciais são limitadas.

2º Ciclo de Encontros do Sustentável 2010

Data: 31 de agosto  - Horário: das 9h às 17h  - Local: Hotel Sheraton Porto Alegre

Endereço: Rua Olavo Barreto Viana, nº 18, Moinhos do Vento – Porto Alegre/RS

Mais informações no site do evento .

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crônica de um fracasso ambiental

Reunião para pôr fim à caça de baleias termina sem acordo; só pressão da opinião pública pode resolver impasse


28 de julho de 2010 - 0h 00 - Karina Ninni - O Estado de S.Paulo

Sete meses depois da Conferência do Clima de Copenhague, outra reunião global para tratar de questões ambientais terminou em fracasso. No fim do mês passado, 74 dos 88 países membros da Comissão Internacional da Baleia (CIB) reuniram-se em Agadir, no Marrocos, para tentar pôr um fim à caça dos mamíferos. Apesar da ampla maioria, foram derrotados por um grupo encabeçado por Japão, Noruega e Islândia. Agora, embora o fracasso de Agadir tenha tido pouca repercussão, dez entre dez especialistas acreditam que só a opinião pública mundial pode forçar uma solução para o impasse: a hora é de pressão política e econômica internacional.

Veja também:  Raio-x da baleia-jubarte

Calcula-se que todo ano sejam caçadas no planeta cerca de 1.900 baleias, de várias espécies. Os grandes responsáveis por isso são baleeiros japoneses, noruegueses e islandeses. O curioso é que a prática está banida por uma moratória instituída pela CIB em 1986. Os países que a mantêm se valem de um artifício: a caça para fins científicos é permitida pela Convenção Internacional para Regulação da Atividade Baleeira, de 1946.

Vários países já denunciaram o programa de "caça científica" do Japão como mera fachada para a atividade baleeira comercial. Apesar disso, os japoneses continuam a praticá-la, até mesmo no Santuário Baleeiro do Oceano Austral. Por conta disso, a Austrália acionou o país na Corte Internacional de Haia.

"Os países conservacionistas têm de fazer pressão política sobre o Japão. O país será sede da Convenção de Diversidade Biológica em outubro e se comprometeu com a biodiversidade global. O mundo tem de fazer o Japão perceber que não pode apoiar a biodiversidade de um lado e caçar baleias de outro", afirma Susan Lieberman, dirigente do Programação de Conservação de Baleias da fundação americana Pew Charitable Trusts. "Os japoneses podem estar legalmente aptos a fazer a caça científica, mas isso não significa que seja correto, ou realmente científico. Eles deveriam parar com todo tipo de caça, principalmente no Santuário Austral."

Além de manter seu programa "científico", o Japão é o principal destino dos produtos derivados das baleias caçadas pela Islândia. Em 2009, a Islândia exportou 372 toneladas de carne de baleia da espécie fin, um aumento substancial em relação às 80 toneladas de 2008, o que rendeu ao país US$ 6,4 milhões.

A parceria entre islandeses e japoneses, no entanto, corre risco. A Islândia está sendo pressionada pelo Parlamento Europeu a escolher entre a vaga que pleiteia na União Europeia e a manutenção da caça às baleias.

"A resolução do Parlamento deixou claro que a Islândia não poderá negociar o acesso à Comunidade Europeia apenas com base no compromisso de reduzir o número de baleias caçadas", diz Arni Finnsson, presidente da Associação para a Preservação da Natureza na Islândia. "Está claro que a caça às baleias e a entrada para a União Europeia não são temas conciliáveis."

Retrocesso. Como a CIB está longe do status do Parlamento Europeu e não tem poder de sanção, os países caçadores saíram de Agadir com o arpão e o queijo na mão. "Se a CIB pudesse punir, essas nações não fariam parte dela", diz Ana Paula Prates, gerente de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do Ministério do Meio Ambiente e integrante da delegação brasileira na CIB.

Ana afirma que, apesar do fracasso do encontro no Marrocos, o resultado poderia ter sido ainda pior. "Acabou sendo menos ruim não aceitar a proposta que estava na mesa. A ideia no início era manter a moratória, mas regularizar a caça nos três países que ainda insistem nela, estipulando cotas de acordo com as bases do Comitê Científico da CIB", explica Ana Paula. "Em contrapartida, queríamos que o Japão deixasse de caçar no Santuário e pretendíamos controlar suas cotas. Como eles não abriram mão, desistimos."

A estratégia da CIB diante do impasse foi adiar as discussões sobre a caça. Mas a comissão já começa a pagar um preço pela tolerância com a atividade. Países que sempre respeitaram a moratória, como a Coreia, manifestaram oficialmente em Agadir interesse na caça comercial.

Coincidência ou não, a Coreia registra altos índices de "caça acidental" ? alega que os seus pesqueiros acabam capturando baleias com redes usadas para pegar peixes. Aliás, o número de restaurantes que servem carne de baleia na Coreia já chega a cem, igual ao da Islândia

"O risco era esse: não conseguir um acordo e deixar para os outros países o recado de que tudo pode acontecer"", afirma Susan, citando China e Rússia como potenciais problemas. Os russos, por exemplo, já foram grandes caçadores. Abateram 4.046 jubartes num único ano, 1960, nas Ilhas Geórgias do Sul.

A reunião ocorreu em meio a denúncias de que delegados japoneses compraram votos de países-ilha no Pacífico e de nações africanas ? que já tinham sido feitas no documentário The Cove, vencedor do Oscar deste ano. Apesar de comentados nos bastidores, os rumores não foram discutidos no plenário.

"O Japão já admitiu que paga a outras nações para que participem de conferências", diz Susan. "Não há nada errado nisso, contanto que não seja uma forma de barganha. Mas alguns países acusados de receber dinheiro em troca de votos abriram processo de investigação interna."

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ética para as empresas que financiam o processo eleitoral

Por: Thays Prado - Planeta Sustentável - 26/07/2010


O Instituto Ethos e a Transparência Internacional lançaram a cartilha Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral - edição 2010. Ao contrário de outros países cujas eleições são, majoritariamente, financiadas por verbas públicas, no Brasil, o financiamento privado pode chegar a 70% de algumas campanhas. E é justamente nesse fato que se esconde a raiz da corrupção brasileira


Nas eleições estaduais e federais de 2006 e nas municipais de 2008, foram gastos, ao todo, cerca de R$4,6 bilhões. Esse é o valor declarado pelos candidatos e seus comitês financeiros. Do total, cerca de R$800 milhões são provenientes de recursos públicos, repassados pelo Fundo Partidário, o restante vem do setor privado brasileiro.

A realidade é bem diferente em países como Canadá, México, Estados Unidos, Chile e Argentina, em que o financiamento público é de, pelo menos, 25%. Há países em que essa porcentagem chega a 75%. Na Colômbia, desde 2005, é lei que os recursos públicos representem 80% do valor gasto nas campanhas eleitorais. Já no Brasil, as chamadas “campanhas viáveis” chegam a ter 70% de seus recursos provenientes de doações de empresas.

Segundo a cartilha "Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral - edição 2010”, lançada, na última sexta-feira, pelo Instituto Ethos, em parceria com a Transparência Internacional, das 1000 maiores empresas do país, 486 financiam candidatos a cargos públicos e a quantidade de dinheiro doado por cada uma delas varia de R$6 milhões a R$23 milhões. As cem últimas empresas desse grupo contribuem com quantias em torno de R$20 mil. Essa pode ser uma das raízes da corrupção no país.

“As empresas são as maiores responsáveis pelo quadro político que vai surgir, pois elas pagam as campanhas e tem um poder enorme sobre os candidatos eleitos", observa o presidente do Ethos, Oded Grajew. Isso quer dizer que, apesar de ilegal, muitas empresas doam recursos e recebem, em troca, benefícios de seus políticos, o que pode incluir desde privilégios em licitações públicas a resultados favoráveis na votação de certas leis. Atualmente, os setores que mais financiam as campanhas eleitorais são:

- Indústria da Construção Civil (25,4%);
- Bens de Consumo (12,4%);
- Siderurgia e Metalurgia (12,1%) e
- Bancos (8,3%).

“Ao financiar uma campanha política, a empresa precisa levar em conta o interesse público e não seu interesse particular", afirma Oded. Por isso, desde 2002, o Instituto Ethos e a Transparência Internacional lançam, a cada dois anos, alguns meses antes das eleições, a cartilha para orientar as empresas sobre como agir eticamente no processo eleitoral. O material traz uma série de princípios que contemplam não apenas o cumprimento da legislação do país, mas posturas que vão além da lei e compõem o amplo conceito de “responsabilidade social empresarial".

Qualquer um pode baixar o documento gratuitamente no site do Instituto Ethos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dicas Sustentáveis - Você também pode colaborar! É simples!

WALMART - Sustentabilidade : 4 de junho de 2010

Economize água! Ela é a fonte da vida:
• Diminua o tempo do banho;
• Fique alerta para os vazamentos;
• Lave a louça com a torneira fechada e só abra para o enxágue;
• Reutilize a água que sai da máquina de lavar para a descarga ou para lavar o carro e o quintal;
• Feche a torneira ao escovar os dentes e ao fazer a barba.

Poupe energia:
• Nem toda roupa precisa ser passada a ferro. Tecidos que não amassam muito podem ser guardados sem passar: basta pendurar as roupas bem esticadas no varal na hora de secar;
• Regule o chuveiro na posição verão (menos quente) e diminua seu tempo no banho;
• Desligue os aparelhos eletrônicos da tomada e a luz dos ambientes vazios;
• Use lâmpadas econômicas, você pode economizar de 60% até 80% no consumo;
• Deixe a luz apagada quando não estiver no ambiente;
• Evite abrir muitas vezes a porta da geladeira.

Manipule com consciência os resíduos:
• Separe o lixo: em uma lixeira, coloque os resíduos “secos” (vidro, plástico, alumínio, papel, etc.). Em outra, deposite o lixo “úmido” (restos de comida, papel higiênico, etc.);
• Utilize integralmente os alimentos – muitas cascas, folhas e talos de legumes, frutas e verduras são ricos em nutrientes, podendo ser usadas em sucos e vitaminas, por exemplo;
• Doe o que pode ser aproveitado por outra pessoa;
• Não jogue óleo na pia ou no ralo: um litro de óleo polui 20 mil litros de água. Descarte corretamente o seu óleo.
• Não jogue lixo no chão: ele entope bueiros, atraindo ratos, insetos e provocando enchentes.

Seja responsável em suas compras:
• Faça uma planilha com os seus ganhos (seu salário) e gastos (contas, alimentação, lazer, etc.) para controlá-los melhor. Não gaste mais do que você ganha!
• Opte por produtos que não viajam muito e que você consiga saber como são produzidos;
• Prefira mercadorias que são mais compactas, produtos com refil ou que têm poucas embalagens;
• Pense bem antes de comprar: você realmente precisa ter aquele celular caro de última geração?
• Jamais compre produtos piratas – cópias ilegais de DVDs, tênis ou artigos eletrônicos, por exemplo, é crime!

Mobilize!
• Convide amigos, vizinhos e sua família a se engajarem nas causas que você acredita. Forme uma corrente do bem!
• Dê o exemplo: seja um cidadão consciente, respeitando a sua cidade e o meio ambiente;
• Compartilhe o que você aprendeu;
• Vote com consciência: analise bem as propostas de todos os candidatos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Toscana como se deve

Desfrute. Descubra outra forma de visitar a região, mais autêntica e sem pressa. Alugue um quarto - há opções até em castelos - e curta as férias entre parreiras e oliveiras


08 de junho de 2010 3h 51 - Flavia Guerra / FLORENÇA - O Estado de S.Paulo


O relógio marca 5 da tarde na pequena Montespertoli, o sino badala. Da varanda do Castello di Montegufoni se avistam vinhedos que só terminam onde começam os olivais. Para apreciar melhor o pôr do sol da Toscana, enquanto a pasta cozinha até ficar al dente, goles demorados de um autêntico Chianti.

A cena é cinematográfica, mas não impossível. Realizar o sonho do castelo ou da casa própria na Toscana, ainda que por tempo limitado, não é apenas privilégio de ricos e famosos. Uma das mais belas paisagens da Itália, a região já foi cenário de filmes, romances e paixões - atualmente, também acrescenta algum interesse à novela das 8 da Globo.

Famosa por abrigar cidades como Florença, Siena e San Gimignano, se tornou destino mítico nos corações e mentes dos turistas. Espécie de Eldorado renascentista, até pouco tempo só possível de saborear em viagens rápidas e hospedagem em hotéis capazes de atender a uma das maiores demandas do mundo.

Depois que o conceito do agriturismo surgiu, no entanto, tornou-se possível não só viver como um autêntico toscano como também colher uvas, aprender a fabricar azeite, a cozinhar e a pintar como fazem os conterrâneos de Dante. De olho no turista apaixonado pelo céu da Toscana, proprietários de casas, vilas, palazzi e até castelos históricos da região passaram a abrir as portas a um visitante diferente: o slow tourist. Em bom português, aquele que sabe que um bom vinho pode demorar tanto tempo para ficar pronto quanto uma região leva para ser de fato apreciada. Em vez adotar a lógica do "Conheça 15 cidades em 10 dias" e de fotografar as atrações da janela do ônibus, cada vez mais turistas preferem alugar uma autêntica casa toscana e passar dez dias no melhor estilo dolce far niente.

E os brasileiros agora se unem a este exército de "toscanos desde pequenininhos". "Quando abrimos o castelo para o turismo, há cerca de dez anos, a maioria era de ingleses, americanos, alemães... Agora surgem brasileiros. E nós adoramos. São simpáticos, interessados e alegres", conta Guido Posarelli, atual padrone do mítico Castello di Montegufoni, um dos destinos mais belos e ainda inexplorados de uma região que parecia já ter sido vista de todos os ângulos.

Para chegar ao Castello, basta seguir as coordenadas. Localizada a cerca de 30 minutos de Florença, a construção data de 1100 e foi erguida pelos Ormanni, nobres citados por Dante na Divina Comédia. Ao longo dos séculos, mudou de "padroni" algumas vezes. Durante o século 15, foi reformado ao estilo arquitetônico do Palazzio Vecchio de Florença e ganhou a característica "torres quadradas" do Trecento. Ganhou vida nova sob a gestão de Guido, que recebe pessoalmente cada hóspede em companhia de sua noiva, Cristina. "Gosto de conversar, de saber quem são, de onde vêm. Todos os anos um grupo de alemães passa os verões fazendo cursos de pintura aqui. Andam pelo castelo e, no fim da tarde, reúnem-se para mostrar os trabalhos. Em que outro lugar isso acontece?", perguntava Guido enquanto conduzia esta repórter-hóspede ao Teatro.

Al dente. Teatro, aliás, já foi a sala de espetáculo do Castello, mas hoje é um charmoso quarto com mezanino e vista para os verdes campos de limões toscanos. "Se você quiser cozinhar, há um mini mercato perto. Você pode encomendar produtos por telefone e eles entregam aqui. Ou pode jantar no nosso restaurante avarandado." Surpreendente.

Surpresa mesmo é descobrir que o preço médio de um quarto no Montegufoni ou em outra das 600 propriedades da Posarelli Villas não é maior que em muitos quartos standards em hotéis dos rumorosos centros turísticos da Toscana - cerca de 200 por semana, por pessoa. "Mas por que eu nunca fiz isso antes?", você pode pensar. Posarelli explica: "As pessoas têm medo de "ficar por conta própria". Mas alugar uma casa na Toscana é como alugar uma casa na praia no Brasil. Não é difícil."

Difícil mesmo é decidir se é melhor jantar na "varanda própria" ou na do restaurante...

Saiba mais...
Origem do nome: Uma das maiores regiões da Itália em território e habitantes, a população da Toscana é de cerca de 3,6 milhões. Seu nome tem origem antiquíssima e deriva do modo como gregos e latinos chamavam a terra onde os etruscos, em italiano "etruschi", viviam. O termo Etruria se tornou Tuscia e, finalmente, Toscana .
Capital: Localizada no centro da Itália, a capital Florença possuiu hoje cerca de 370 mil habitantes e é considerada o berço do Renascimento. Teve sua época áurea, tanto econômica quanto culturalmente, durante o governo dos Médici, do início do século 15 a meados do 18 .
Clima: De geografia montanhosa, a Toscana tem clima variado, com média de 16 graus na costa e picos de 40 graus no interior, chegando a temperaturas negativas no inverno. Tais características fazem da região destino procurado tanto no verão quanto no inverno, quando a neve cobre suas planícies e montanhas de branco.
Filhos Ilustres: Além de Dante Alighieri, a Toscana é berço de Leonardo Da Vinci (Vinci), Nicolau Maquiavel (Florença), Michelangelo Buonarotti (Caprese Michelangelo), Donatello (Florença), Piero della Francesca (Sansepolcro), Caterina di Médici (nasceu em Florença, mas se tornou rainha da França), entre outros.

sábado, 5 de junho de 2010

Os defensores da biodiversidade

No Dia Mundial do Meio Ambiente, conheça histórias, aventuras e polêmicas de dez pessoas que ajudaram a mudar o destino de espécies animais ameaçadas de extinção em todo o mundo.


04 de junho de 2010

Fernanda Fava e Karina Ninni - especial para O Estado


As Nações Unidas definiram 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, porém, não há muito a comemorar.
Apesar da meta estabelecida pela Convenção de Diversidade Biológica de cortar significativamente o ritmo da redução de biodiversidade, o relatório mais recente da ONU mostra que o planeta perdeu 30% do estoque de seres vivos existente em 1970.
O documento aponta como ameaçadas de extinção 42% das espécies de anfíbios e 40% das de aves e estima em US$ 2 trilhões a US$ 4,5 trilhões o prejuízo anual com desmatamento.
No Brasil, a União Internacional para Conservação da Natureza calcula que 59 espécies marinhas estão ameaçadas. A situação seria pior, não fosse a ação de dez pessoas dedicadas à conservação de espécies no mundo todo, ouvidas pelo Estado a seguir:
George Schaller: do gorila ao leopardo-das-neves
Paul Watson: o combativo e midiático defensor das baleias
Russell Mittermeier: o Indiana Jones da conservação
Denise Rambaldi: micos-leões quase desapareceram da Mata Atlântica
Jane Goodall: a primeira especialista em chimpanzés
Li Quan: a chinesa que criou projeto milionário de preservação de tigres asiáticos
Lu Zhi: bióloga estuda pandas gigantes na China há 25 anos
Peter Crawshaw Junior: no rastro da onça-pintada
Neiva Guedes: população de araras-azuis se recupera no Pantanal
Vera da Silva: peixe-boi já era superexplorado no Brasil colônia

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Orgânicos conquistam os supermercados

Fernanda Yoneya - O Estado de S.Paulo, 02/06/2010

Sem a figura do atravessador, agricultores orgânicos estão conseguindo colocar seus produtos nas gôndolas de supermercados. A preocupação do grande varejo em aliar consciência social e ambiental a uma melhor qualidade de vida para o consumidor tem estimulado o investimento em marcas próprias e na divulgação dos benefícios desses alimentos, dando visibilidade a produtores de frutas e hortaliças.


O fornecimento direto para o varejo é feito, normalmente, por meio de parcerias com distribuidoras certificadas. "A distribuidora dá assistência técnica, acompanha o cultivo e responsabiliza-se pela compra de 100% da colheita. O agricultor sabe para quem vender", diz o sócio da Rio de Una Alimentos, em São José dos Pinhais (PR), Marco Giotto.

Canal principal. Ex-produtor orgânico, Giotto fundou a Rio de Una, certificada pelo Instituto Biodinâmico (IBD), que hoje conta com 113 agricultores, responsáveis por 450 hectares. O volume de produção é de 400 toneladas de frutas e hortaliças por mês. "Cerca de 60% dessa produção abastece supermercados." Ele diz que os supermercados são o principal canal de comercialização. "As feirinhas orgânicas ainda são pouco representativas do ponto de vista do escoamento da produção", avalia.

As vendas, via distribuidora, normalmente são consignadas e o comprador é exigente. "Não é porque o produto não recebeu agrotóxico que o agricultor pode entregar salada com bicho. Eles cobram qualidade."

A questão logística é outro desafio. "Entregamos de loja em loja, três vezes por semana. Para o produto chegar às gôndolas fresco há um esforço logístico tremendo."

No varejo. No Brasil 90% do consumo é por meio do varejo, diz o produtor Fernando Ataliba, do Sítio Catavento, em Indaiatuba (SP). O sítio possui 36 hectares e há cultivos de mais de 30 itens. Certificado pela Ecocert, escoa 70% da produção - 200 toneladas por ano - via distribuidora, que embala com a marca do varejista e distribui nas lojas. "Varia, mas o produtor fica, em média, com 10% do valor com que o produto chega ao consumidor."

Sem o intermédio de uma distribuidora, o agricultor Joaquim Pires Bueno, de Tietê (SP), negocia diretamente com uma grande rede de supermercados toda a produção de lichia orgânica - 5 toneladas.

"Entrego tudo para o supermercado. Antes vendia via atravessador, mas agora é muito melhor, pois recebo três vezes mais, diz ele, que tem 5 hectares, é certificado pela Fundação Mokiti Okada e cultiva outros 15 itens, como cenoura, abobrinha, ervilha-torta, rabanete e quiabo.

Ele investiu no sítio para se ajustar às exigências do comprador. "Tenho packing house e água de boa qualidade. O cultivo deve seguir uma cartilha de boas práticas de produção. A colheita de hortaliças, por exemplo, deve ser feita no horário certo para garantir a qualidade do produto até o consumidor."

Visibilidade. Para o proprietário da Cio da Terra, em Jarinu (SP), Zuco De Luca, o varejo dá visibilidade aos orgânicos. "Além disso, o agricultor planeja a produção", diz ele, que trabalha com 100 produtores, em 200 hectares. Cerca de 70% das 10 mil bandejas de produtos são destinadas ao varejo.

Os produtores parceiros recebem ainda noções de gestão. "Para atender a uma grande rede, tem de ser profissional, ter os custos no papel", diz o proprietário da Horta & Arte, em São Roque (SP), Luis Carlos Trento. Ex-produtor, ele tem parceria com 40 agricultores, responsáveis pelo cultivo de 200 hectares, com um volume de 100 toneladas de produtos por mês.

O proprietário da Cultivar Orgânicos, em São Roque (SP), Cristiano Nicolau Psillakis, tem 150 produtores parceiros e fornece para o varejo 70 itens. "O varejo exige qualidade, o que estimula a profissionalização do agricultor", defende Psillakis.

PARA LEMBRAR

Produtor deve se adaptar às novas regras

O prazo para os agricultores se adaptarem às novas regras de produção e comercialização de orgânicos termina dia 31 de dezembro. A regularização baseia-se em normas de armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. Cumpridas as regras, o produtor receberá o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. Mais informações no site www.prefiraorganicos.com.br, do Mapa.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Jardins verticais são tendência crescente em Londres

Por: BBC Brasil

Vários jardins verticais foram apresentados no Chelsea Flower Show, um tradicional evento de jardinagem realizado anualmente em Londres.

A idéia, que já está sendo usada em vários prédios e casas londrinos, ajuda no isolamento acústico e térmico, mas também apresenta desafios.

Os jardins podem ser caros e precisam de manutenção constante.

Mas, apesar dos desafios, quando funcionam os jardins verticais podem ser espetaculares e deixar a selva de pedra um pouco mais verde.

Brasil se torna o principal destino de agrotóxicos banidos no exterior

Lígia Formenti - O Estado de S.Paulo, 30/05/2010

Campeão mundial de uso de agrotóxicos, o Brasil se tornou nos últimos anos o principal destino de produtos banidos em outros países. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos dez produtos proscritos na União Européia (UE), Estados Unidos e um deles até no Paraguai.

A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com base em dados das Nações Unidas (ONU) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Apesar de prevista na legislação, o governo não leva adiante com rapidez a reavaliação desses produtos, etapa indispensável para restringir o uso ou retirá-los do mercado. Desde que, em 2000, foi criado na Anvisa o sistema de avaliação, quatro substâncias foram banidas. Em 2008, nova lista de reavaliação foi feita, mas, por divergências no governo, pressões políticas e ações na Justiça, pouco se avançou.

Até agora, dos 14 produtos que deveriam ser submetidos à avaliação, só houve uma decisão: a cihexatina, empregada na citrocultura, será banida a partir de 2011. Até lá, seu uso é permitido só no Estado de São Paulo.

Da lista de 2008, três produtos aguardam análise de comissão tripartite - formada pelo Istituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Ministério da Agricultura (Mapa) e Anvisa - para serem proibidos: acefato, metamidofós e endossulfam. Um item, o triclorfom, teve o pedido de cancelamento feito pelo produtor. Outro produto, o fosmete, terá o registro mantido, mas mediante restrições e cuidados adicionais.

Enquanto as decisões são proteladas, o uso de agrotóxicos sob suspeita de afetar a saúde aumenta. Um exemplo é o endossulfam, associado a problemas endócrinos. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o País importou 1,84 mil tonelada do produto em 2008. Ano passado, saltou para 2,37 mil t.

"Estamos consumindo o lixo que outras nações rejeitam", resume a coordenadora do Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz, Rosany Bochner. Proibido na UE, China, Índia e no Paraguai, o metamidofós segue caminho semelhante.

O pesquisador da Fiocruz Marcelo Firpo lembra que esse padrão não é inédito. "Assistimos a fenômeno semelhante com o amianto. Com a redução do mercado internacional, os produtores aumentaram a pressão para aumentar as vendas no Brasil." As táticas usadas são várias. "Pagamos por isso um preço invisível, que é o aumento do custo na área de saúde", completa.

O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luís Rangel, admite que produtos banidos em outros países e candidatos à revisão no Brasil têm aumento anormal de consumo entre produtores daqui. Para tentar contê-lo, deve ser editada uma instrução normativa fixando teto para importação de agrotóxicos sob suspeita. O limite seria criado segundo a média de consumo dos últimos anos. Exceções seriam analisadas caso a caso.

A lentidão na apreciação da lista começou com ações na Justiça, movidas pelas empresas de agrotóxicos e pelo sindicato das indústrias. Em uma delas, foram incluídos documentos em que o próprio Mapa posicionou-se contrariamente à restrição. Só depois que liminares foram suspensas, em 2009, as análises continuaram.

Empresas. Representantes das indústrias criticam o formato da reavaliação. O setor diz não haver critérios para a escolha dos produtos incluídos na lista. E criticam a Anvisa por falta de transparência. Para as indústrias, o material da Anvisa não traz informações técnicas.

A Associação Nacional de Defesa Vegetal critica as listas de riscos ligados ao uso de produtos, muitas vezes baseadas em estudos feitos em laboratório. "Não há como fazer estudos de risco em população expressiva. A cada dia, mais países baseiam suas decisões em estudos feitos em laboratórios", rebate o gerente-geral de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meireles.

sábado, 22 de maio de 2010

Chiquinho agora faz parte da Família!

A família cresceu e Chiquinho vai ficar conosco!! Estamos felizes e agora a Mimi tem um amigo para brincar e conviver!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Chiquinho 180510

Adoção Consciente - O que você precisa saber antes de adotar!

O QUE VOCÊ PRECISA SABER AO ADOTAR UM ANIMAL


Dicas de alimentação, saúde e esterilização

ANTES DE ADOTAR UM ANIMAL, TENHA CERTEZA DE QUE:

Sua casa ou apartamento tem espaço suficiente para a espécie escolhida;

Você está realmente disposto a cuidar dele por toda a vida. Cães e gatos chegam a viver de 10 a 20 anos;

Nas suas férias e períodos de ausência haverá pessoas para cuidar dele;

Toda a família está de acordo em receber o novo integrante;

Você está disposto a arcar com as despesas de um animal. Além de amor, alimentação e abrigo, ele vai precisar eventualmente de cuidados veterinários e remédios;

Ele é um ser vivo e sensível, não um produto que pode ser trocado ou jogado fora ao apresentar “problemas” ou tornar-se “obsoleto”;

Se você mora em apartamento ou numa casa com um pátio pequeno, analise se você terá tempo e disponibilidade para passear com ele. Animais necessitam de exercício físico com regularidade;

Ele não ficará sozinho em casa por longos períodos. Cães deixados presos latem, choram, ficam estressados e, com isso, acabam “aprontando” para se distrair.


CUIDADOS FUNDAMENTAIS PARA A SAÚDE DO SEU ANIMAL

Uma única vez: castre o animal. É um ato de compaixão que fará com que ele tenha uma vida mais saudável e fique com você muito mais tempo.

Diariamente: ração de boa qualidade (na medida indicada na embalagem) - recomendamos a ração FRI-DOG Vegetariana, e comida preparada especialmente para ele (veja abaixo) e água à vontade.

Muito importante: o seu animal não pode comer qualquer tipo de comida. O ideal seria que 50% de sua alimentação fosse composta de ração de qualidade e os outros 50% de uma combinação, cereais (arroz, por exemplo), legumes e frutas (tudo preparado sem sal ou gordura).

Nunca dê: chocolate, açúcar, tomate, feijão, batata. Estes alimentos causam danos sérios aos dentes e à saúde do animal.

COMO ESCOLHER UMA RAÇÃO DE QUALIDADE:

Prefira sempre rações com um mínimo de 21% de proteína para adultos e 28% para filhotes.Tente evitar rações muito coloridas, por possuírem mais química (corantes). Observe que para cada idade existe uma ração e uma quantidade apropriadas. Veja indicação na embalagem ou pergunte para um veterinário de sua confiança.

Semanalmente: limpeza dos ouvidos e escovação (raças de pêlos longos exigem escovação diária ou a cada dois dias). Peça ao veterinário de sua confiança orientações para manter os ouvidos de seu animal sempre limpos e saudáveis.

Mensalmente:

O ideal seria que o seu animal tomasse banho e fosse tosado mensalmente. Banhos frequentes removem a defesa natural da pele do animal e podem acentuar problemas de ouvido;

Se onde você mora existe uma grande infestação de carrapatos, você deve fazer um controle mensal dos mesmos, passando produtos apropriados em seu quintal e em seu cão/gato. O carrapato transmite doenças (também para humanos), que podem inclusive ser fatais ao animal, bastando a picada de um carrapato infectado.

A cada 3 meses: aplicação de remédios de pulgas. Pulgas transmitem um tipo de verme também para humanos e hoje já existem remédios para serem aplicados na nuca dos animais, que tem ação por 30 dias, em média.

Não esqueça: somente 5% das pulgas e carrapatos estão nos animais, os outros 95% estão no ambiente! É muito impor tante tratar também o ambiente onde estes vivem. A higiene é fundamental para a saúde de seu bichinho e de sua família.

ATENÇÃO! PULGAS TRANSMITEM VERMES. POR ISSO, É PRECISO ACABAR COM ELAS ANTES E DAR VERMÍFUGO DEPOIS.

Anualmente:

Tomar vermífugo a cada 4 ou 6 meses (escolher sempre os vermífugos ‘plus’ e dar a segunda dose 15 dias após a primeira);

Vacinas: POLIVALENTE (combate diversas doenças, inclusive algumas que são transmitidas por via aérea) e ANTI-RÁBICA. Exija sempre que a aplicação seja feita por um veterinário e que o mesmo cole o selo da vacina, carimbe e assine a carteira do animal.

LEVE SEU CÃO/GATO AO VETERINÁRIO SEMPRE QUE NOTAR:

apatia;
perda ou ganho excessivo de peso;
falta de apetite e de sede;
coceiras nas orelhas e balançar excessivo das mesmas;
alterações na pele e no pêlo e caroços;
vômito;
diarréia, principalmente com sangue;
demonstração de dor.


IMPORTANTE: A QUALQUER UM DESTES SINTOMAS, NÃO MEDIQUE SEU ANIMAL EM CASA. BUSQUE SEMPRE A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL DE UM VETERINÁRIO.

SAIBA PORQUE A ESTERILIZAÇÃO EVITA O SOFRIMENTO DE TANTOS ANIMAIS

As ruas estão repletas de cães e gatos (fêmeas e machos) que, na sua grande maioria, foram abandonados à própria sorte por seus donos por serem fruto de ninhadas indesejadas. Muitos deles acabam atropelados, envenenados, maltratados ou tendo uma vida miserável até o final dos seus dias. Sem contar aqueles que fogem para cruzar e nunca mais conseguem voltar para casa.

POR QUE A ESTERILIZAÇÃO DOS ANIMAIS É IMPORTANTE?

A esterilização (ou castração) é uma solução emergencial para diminuir a procriação descontrolada e, conseqüentemente, a superpopulação de cães e gatos. Milhares de animais hoje vivem abandonados nas ruas, passando todo tipo de privação e sofrimento por causa deste descontrole reprodutivo. Esterilizar um animal é o maior exemplo de compaixão e consciência que você pode dar.

NÃO FIQUE NA DÚVIDA. SAIBA TUDO SOBRE A ESTERILIZAÇÃO

O que é a esterilização?
A esterilização é uma cirurgia de rotina que consiste na remoção completa e indolor dos órgãos com funções exclusivamente reprodutoras.Nas fêmeas, acontece a retirada do útero e dos ovários, não ocorrendo mais o cio. Nos machos, é feita a retirada dos testículos, deixando-se a bolsa escrotal vazia.

A cirurgia de esterilização é dolorosa?
A cirurgia é realizada sob anestesia geral por um veterinário. O animal não sente nada durante o procedimento. A maioria regressa à sua atividade normal entre 24 e 72 horas. São fornecidos analgésicos para o período pós-operatório.

A cirurgia de esterilização é perigosa?
A esterilização é realizada sob anestesia geral,que é um procedimento que sempre envolve algum risco para qualquer animal. No entanto, a esterilização já é uma cirurgia de rotina, por tanto é segura sempre que realizada por um bom veterinário.

Esterilizar não sai caro?
Os preços podem variar, dependendo do veterinário ou do porte do animal. A cirurgia na fêmea é um pouco mais cara, por ser um procedimento mais delicado. Veja se em sua cidade a cirurgia não é oferecida pela prefeitura ou por entidades protetoras.

Lembre-se: se comparado aos gastos de repetidas idas ao veterinário para tratar de ferimentos por brigas ou atropelamento por vagar pelas ruas, ou despesas com doenças adquiridas na baixa de imunidade ocasionada no cio, ou ainda com os custos de uma ninhada indesejada que vai precisar de cuidados e alimentação, o investimento em esterilização é MÍNIMO. Mesmo a repetição da medicação anticoncepcional, a longo prazo, se torna mais caro do que a esterilização.

Será que o meu animal não é muito velho para ser esterilizado?
A menos que o seu animal tenha problemas de saúde, a esterilização é segura e um procedimento de rotina. No entanto, o veterinário deverá examiná-lo antes da cirurgia para determinar se existe algum problema de saúde. Os animais maduros também tiram proveito dos benefícios da esterilização.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Chiquinho precisa de uma família, um lar e muito amor!

Hoje vivi minha primeira experiência de ajuda a um animal de rua....

Há uns meses adotamos a Mimi, uma gatinha abandonada. Achei ela na internet e eu e sua ex-Mamãe nos tornamos Amigas por uma Causa!

Agora achei o Chiquinho e preciso encontrar um lar e uma família que o ame bastante!!

Se você gosta de animais e está disposto a cuidar bem dele, entre em contato comigo!

Chiquinho tem aproximadamente um mês e meio, é Siamês, tem olhos azuis, é alegre, brincalhão, mas gosta de um carinho e aconchego! No primeiro dia estava em estado de choque, choque do abandono, mas no dia seguinte já estava explorando a casa e se integrando melhor com a Mimi.

Ele aguarda uma nova família para continuar sua vida e dar muito amor em troca!

domingo, 16 de maio de 2010

Brasil pode economizar R$ 8 bilhões se reciclar todo o lixo

Juliana Maya, AGÊNCIA BRASIL
16/05/2010  14:55

Brasília - Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Brasil poderia economizar cerca de R$ 8 bilhões por ano se reciclasse todos os resíduos que são encaminhados aos lixões e aterros sanitários.


Atualmente a economia gerada com a atividade de reciclagem varia de R$ 1,5 bilhões a R$ 3 bilhões anualmente. As informações são do Ministério do Meio Ambiente. Além dos benefícios econômicos, o estudo apontou as vantagens ambientais da reciclagem.

Os dados foram apresentados na sexta-feira (14), durante uma reunião com as ministras Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, Márcia Lopes, do Desenvolvimento Social, e representantes do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal.

No encontro, também foram discutidas a elevação do nível de renda dos catadores de lixo e a necessidade de estímulo à profissionalização da mão de obra. Foi anunciada ainda a criação de um grupo de trabalho para discutir as medidas legais para a implementação do Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos.

Atualmente, apenas 14% da população brasileira conta com o serviço de coleta seletiva, e somente 3% dos resíduos sólidos urbanos são destinados à reciclagem.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

The Story of Bottled Water

The Story of Bottled Water

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A história das coisas

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

PREÂMBULO

 Considerando que todo o animal possui direitos,

 Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza,

 Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo,

 Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros.

 Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante,

 Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais.

PROCLAMA-SE O SEGUINTE:

Art. 1º - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Art. 2º
1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.

2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.

3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Art. 3º
1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis.

2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Art. 4º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.

2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Art. 5º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.

2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Art. 6º
1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.

2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Art. 7º - Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Art. 8º
1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de
experimentação.

2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Art. 9º
Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Art. 10º
1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.

2. As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Art. 11º
Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Art. 12º
1. Todo o ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.

2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Art. 13º
1. O animal morto deve de ser tratado com respeito.

2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Art. 14º
1. Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar presentados a nível governamental.

2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

(*) A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi proclamada pela


UNESCO em sessão realizada em Bruxelas - Bélgica, em 27 de Janeiro


de 1978

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Reciclagem sobre isopor! Inédito no Brasil!

Fonte: Globo News Edição 14/04/2010 - Publicado em 14/04/2010 - 00h02

Isopor pode deixar de ser um resíduo problemático


Com tecnologia e articulação, a reciclagem do isopor está se tornando um negócio lucrativo para catadores e indústria.

Matéria prima muito usada em embalagens, o poliestireno expandido, ou o isopor, é considerado um resíduo problemático. Depois de usado, ele costuma ser descartado como lixo em todo o Brasil. Mas, com tecnologia, a reciclagem do isopor está se tornando um negócio lucrativo.

Em Joinville, SC, uma fábrica recicla 10% do isopor produzido no Brasil, em associação com cooperativas de catadores. Uma das opções de destino do isopor é a produção de molduras e acabamentos para a construção civil, promovida por uma empresa catarinense. E a tecnologia amplia os horizontes. No Rio de Janeiro, pesquisadores da UFRJ desenvolveram um processo que transforma o isopor, novamente, em matéria-prima para a indústria

Saiba mais sobre o que pode ser produzido a partir da reciclagem do isopor no site da Termotécnica.

No site da Santa Luzia Molduras você encontra informações sobre os acabamentos feitos com isopor reciclado.

Clique aqui para conhecer a dissertação de mestrado de Caio Kawaoka Melo: "Reciclagem de materiais poliméricos por incorporação in situ na polimerização em suspensão do estireno".

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1568586-17665,00.html

domingo, 18 de abril de 2010

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade

Fonte: http://www.akatu.com.br/


O título especial foi declarado pela Unesco, agência da ONU, com o objetivo de aumentar a consciência dos cidadãos sobre a importância da preservação.


Fonte: Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco)

Com objetivo de difundir o conceito de biodiversidade e de envolver os cidadãos de todo mundo a se engajar na proteção do meio ambiente de forma mais efetiva, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), declarou 2010 como Ano Internacional da Biodiversidade (AIB). O calendário oficial inclui o Brasil, que vai sediar eventos temáticos e conferências internacionais.

Para a Unesco, “proteger a biodiversidade representa um esforço muito maior do que proteger uma determinada espécie ameaçada, ou que compensar as emissões de carbono com plantio de árvores visando atenuar as mudanças climáticas. Proteger a biodiversidade significa, portanto, abranger grandes áreas, incluir todas as espécies e processos que constituem o ecossistema”.

Segundo a entidade somente pela conscientização, por parte da humanidade, do papel central que a biodiversidade desempenha em nossa vida, poderemos conseguir um maior envolvimento na sua conservação e utilização sustentável e equitativo do mesmo.

Com a iniciativa, a Unesco se une à Convenção sobre Diversidade Biológica, das Nações Unidas – a principal ferramenta no que diz respeito à biodiversidade – a outros órgãos das Nações Unidas e a outros parceiros nacionais e internacionais para fazer da AIB uma ferramenta eficaz para promover o conhecimento e a conservação da biodiversidade. O objetivo também é catalisar futuros esforços internacionais para atingir o uso sustentável desses recursos.

Ano Internacional da Biodiversidade no Brasil

8 de janeiro - Curitiba (PR) - Lançamento do Ano Internacional da Biodiversidade
14 de abril - Carazinho (RS) - Lançamento regional da campanha 2010 - Ano Internacional da Biodiversidade
5 a 10 de junho - Brasília (DF) - Conferência Internacional Infanto-juvenil – Vamos Cuidar do Planeta
24 de junho - Brasília (DF) - Celebração do Ano Internacional da Biodiversidade no Patrimônio da Humanidade
16 a 20 de agosto - Fortaleza (CE) - Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento nas Regiões Semi-áridas
19 a 23 de setembro -  Recife (PE) - 10ª Conferência Internacional sobre Caprinos
Tema: "Desenvolvimento tecnológico e medidas associativas para o desenvolvimento da produção de pequenos ruminantes".

Para ver as celebrações pelo planeta: http://www.cbd.int/2010/celebrations/?tab=2
Mais informações:
http://www.unesco.org/pt/brasilia/about-the-office/prizes-and-celebrations/international-year-of-biodiversity/

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mimi, uma gatinha diferente ... ou talvez igual à todas!

A Mimi é uma gatinha de rua, que foi achada pela Marina, agora minha amiga de coração, num terreno baldio! Depois de cuidar bem da Mimi, ela anunciou num site para adoção. Horas depois eu já estava lendo o anúncio!! A partir daí não consegui mais tirar essa idéia da cabeça! Foi questão de tempo... de um dia para marcarmos o encontro e a minha vida passou a ser outra!! Mimi é a minha companheirinha!!

Não comprem animais! Acessem a internet e descubram que há um montão de bichinhos precisando de um novo lar, ou talvez seu primeiro e uma família que os adote e os ame!!

Pensem nisso!

sábado, 3 de abril de 2010

A Carta da Terra

São Paulo, 04 de abril de 2010
O texto da Carta da Terra
PREÂMBULOEstamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
TERRA, NOSSO LARA humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem amaior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente quecausem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução dessesorganismos prejudiciais.
Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais seguras.
Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionaisatuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelasconseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seupapel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.
By: www.cartadaterrabrasil.org